quarta-feira, 24 de junho de 2009

São João




Que saudades das ruas enfeitadas,

Dos arcos e balões,

Das músicas e canções...

E do cheirinho das sardinhas assadas.

O povo dançava,

O povo pulava,

Numa alegria desenfreada.

Agora,

A música,

A sardinha e o balão...

São de tempos que já lá vão...


Saudades da minha cidade dos anos 80/90

domingo, 14 de junho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

A velhice...


Em muitas culturas e civilizações, a velhice é vista com respeito e veneração: representa a experiência, o valioso saber acumulado ao longo dos anos, a prudência e a reflexão. A sociedade urbana moderna transformou essa condição, pois a actividade e o ritmo acelerado da vida marginalizam aqueles que não os acompanham.
A velhice é o último período da evolução natural da vida. Implica um conjunto de situações biológicas e fisiológicas, mas também psicológicas, sociais, económicas e políticas que compõem o quotidiano das pessoas que vivem essa fase.
No contexto político-económico
O número de pessoas com mais de 70/80 anos de idade tem crescido rapidamente em Portugal e tende a crescer ainda mais e atingem-na em perfeitas condições físicas e mentais, conforme revelam estudos demográficos e estatísticos. O gradual envelhecimento da população traz consequências económicas e sociais relevantes, como a redução proporcional da população economicamente activa e o aumento paralelo dos encargos económicos, que deve arcar com maior número de pensões, programas sociais, programas de saúde etc.
A idade em que se chega à velhice está fixada, após o encerramento da fase laboral activa da pessoa, com a reforma aos 65 anos. No entanto verifica-se o aumento progressivo da longevidade e portanto a expectativa de vida é maior, facto que se deve aos avanços na área da saúde e à melhoria das condições de vida. É cada vez maior o número de pessoas que ultrapassam a idade dos 70/80 anos.
Embora a idade avançada seja ainda considerada um trunfo em certos ramos de actividade, sobretudo na política, a tendência é que as pessoas sejam forçadas à aposentação apesar de sentirem produtivas.
No contexto físico e cognitivo
O envelhecimento humano é caracterizado orgânica e biologicamente pelos seguintes sinais: aparecimento de rugas e progressiva perda da elasticidade da pele, diminuição da força muscular, da agilidade e da mobilidade dos movimentos, aparecimento de cabelos brancos, entre os indivíduos do sexo masculino a redução da capacidade auditiva e visual e alteração da memória, entre outros. Também é frequente que a falta de motivação do idoso e a sua tendência para a depressão cheguem a ocasionar perda de reflexos e deterioração da memória e da capacidade intelectual. A apatia pode acelerar o envelhecimento ou provocar distúrbios que provavelmente não se produziriam, caso fosse mantida a vitalidade mental e emocional.
O envelhecimento é um processo natural e inevitável, mas pode ser vivido em melhores ou piores condições, dependendo das famílias.
No contexto psicossocial
A importância social de um grupo etário relaciona-se a sua influência efectiva na sociedade. A experiência de vida, assim como o conhecimento adquirido por meio dela, prorrogativa dos mais velhos, é valorizada sobretudo em culturas tribais e ciganas (entre outras). O declínio de prestígio do velho na sociedade industrial é a contrapartida do valor adquirido pelo próprio saber científico, que desconsidera a experiência quotidiana e a tradição em favor de outros métodos de determinação da verdade.
Pesquisas mostraram que, à medida que envelhecem, as pessoas preferem permanecer onde moram, no entanto são “encaminhadas” para lares ou asilos, por não serem produtivos, e serem considerados “fardos” para as suas famílias.
Na minha opinião os nossos velhos são uma mais-valia nas nossas vidas, representam a sabedoria, a vivência e os ensinamentos básicos para a família, na família e em família. Segundo Pascual-Leone “a sabedoria resulta da interacção entre afecto, cognição e experiência de vida”.
A sabedoria enquanto sistema complexo desenvolvido através da relação connosco, com os outros, com os saberes, ensinamentos e com as vivências, é indissociável do ser idoso…

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A propósito de um blogue muito falado:
"A má língua, o baixo nível e a má formação/educação, andam de mãos dadas com aqueles que não podem ou não querem expressar directamente as suas frustrações e invejas. Vivam os anónimos..."